sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um textinho retirado do blog "quase inedita" (muuuito bom por sinal ;), que me identifiquei bem...

"Não nasci para manter blogs.
Sabe quando não há absolutamente nada que você queira dizer? Pois é.

O que não quer dizer que eu não esteja vivendo. Tenho (e muito) para despejar, mas são palavras que ficam melhor nas páginas do meu diário. Por mais escondido que seja esse blog, eu ainda prefiro registrar certas coisas no papel.

É assim."

domingo, 7 de agosto de 2011

"Nem passar agosto esperando setembro. . . se bem me lembro. . !"

Agosto. Não sei o frio que faz lá fora, abri a janela, há pouco tempo saí... o pensamento errou 365 vezes e voltou para órbita de sempre. Por causa daquele dia 9, a vida vai seguindo preguiçosamente, e eu vou tentando forçar um sorriso frágil enquanto me desligo da data, da confusão, da falta, da seriedade, do grito e dos braços de alguém que hoje não tem mais importância. Eu juro por Deus, que se eu soubesse que tua vontade era fugir, eu tinha te dado um abraço e alguma razão pra continuar, porque você não viu nenhuma força em mim? Por quê você não viu razão na sua casa? Nos seus amigos e músicas? Eu era pequena e frágil.
Nunca dei espaço para a raiva ou incompreensão nesses anos todos, eu tentei por mais de mil vezes te fazer ressurgir e dizer que só tinha ido embora pra que eu sentisse uma saudade de você, e entender, pela falta, que você era minha força.
Mas eu não vi fraqueza em você, eu vi fraqueza no destino, mesmo sabendo que o seu não era desistir. Seu futuro não era esse, e essa vida não deveria ter sido a minha, apenas um seco na garganta comove meus palpites. Era difícil demais de entender sua cabeça, era difícil ser forte e não ter vergonha. Eu tinha vergonha de não ter você do meu lado, eu tinha raiva das pessoas que vinham pra te substituir, eu sentia uma falta tão encabulada de você, e me dava ao luxo de me esconder em qualquer canto da casa nova e distante. Ela era linda, acolhedora, amarela... e minha vida se refazia nela, assim como a da minha mãe, irmã e irmão. Eu queria de verdade ter vivido a vida toda do seu lado, eu precisava do seu título de pai e de entender seus gostos, sua personalidade e seu jeito. Hoje restam as fotografias amareladas pelo tempo. Faz muito tempo. Foi tão pouco tempo te perder, foi tão mesquinho.
Eu não vi fraqueza em você. E a quem diga que minha fraqueza é sua, veio de ti. E eu não culpo o tempo, nem o mundo mais. Eu já chutei e implorei e tive raiva da vida. Eu quis desistir, mas eu não ia repetir seus erros, eu não ia repetir, e não vou.
De vez em quando sonho com um recado seu, no ultimo, você pareceu mais distante. Será se é simples vontade mórbida acreditar que você olha por mim, me agrada e tenta alcançar meus caprichos? Eu já não tenho treze anos, até lá, eu não entendia a realidade, não encarava a verdade, e nem as perguntas que faziam sobre você. Até lá eu era feliz, ou fingia que era. Hoje eu sei mais da vida, encaro de forma natural e sou feliz, de verdade, aprendi a ser feliz. Será que isso ainda faz diferença pro seu espírito? Eu não quero te fazer mal, e entendo que a vida segue, aonde quer que seja. Mas ainda sou pequena e frágil. O mundo errou mil vezes e voltou para orbita de sempre, de novo, rodou quase dezesseis anos. Quanto é 365 vezes 16? Tempo demais? Mas você ainda faz diferença pro meu espírito, você nunca perdeu o seu título, e eu nunca vi você partir de verdade, sua presença permanece em mim, ou é só uma ilusão de menina que não aprendeu que a vida segue sem seus caprichos? Falta poucos dias pra chegar a data que você escolheu ir, ou o acaso infeliz demonstrou ser mais forte, por simples erros de calculo. Falta poucos dias pra visitar a cidade que você cresceu e acender uma vela, deixar uma flor e uma oração, e mostrar uma mensagem qualquer pra dizer que você ainda está em mim, e eu nunca vou te esquecer, porque não deixo de pensar em você um só dia, nenhum dia.
Pai, é tão difícil agosto.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

espelho

Tinha os cabelos cor de trigo, os olhos bem redondos marcados de lápis preto e rímel, tinha o nariz expressivo, a pele branca, era bonita, por vezes duvidava, por vezes o lápis escorria junto as lagrimas. Como já disse, ela era muito feliz, não só na infância. Era aquelas pessoas que riem alto, querem marcar presença, era meiga e queria ser toda independente, na realidade a raiva dela era essa, ser uma pessoa alto-astral, uma pessoa feliz como as outras, e depois ser derrubada de surpresa. A raiva era essa, não ser mais só sorrisos, e ter aquele tipo de tristeza sem nome, o que antes só tinha alguma dor de cotovelo, uma raiva passageira e dramática, uma lagrima de saudade do menino escolhido. Ela passou algum tempo com ele, e outro longo tempo alimentando essa paixão, mas morrendo de fome. Só que o motivo, na real, não era ele, nem outro, nem nenhum. O motivo mesmo, era aquele que já disse no começo “eu não sabia o real motivo.”
Mas vou-lhes contar um novo segredo: ela com o tempo aprendeu a ver todos os motivos. E também deixar de jogar a culpa em tudo: no vizinho, no cupido, naquela tarde que não deveria ter entrado no calendário. Ela aprendeu que a culpa se construiu aos poucos, e rasgou o véu com imediatismo. Ela aprendeu a ver que a culpa era aquela megera sim, mas não podia mais jogar em ninguém ou alguém. A culpa era os anos alimentando pensamentos loucos, sem lógica, que só ela sabia, e conhecia bem. A culpa era de tudo isso que foi acumulando... a culpa na realidade era de tudo, de tudo e de todos, que passavam por ela e ficavam, pagavam pedágio e ficavam ali, mais tempo do que deveria. A culpa era não jogar fora as dores, a culpa era tudo isso, que parecia inofensivo e depois mostrou a cara. E fez todo o estrago.

daqui, te amo.

A lua protege nosso sono, eu aqui, você ai.
Quantos poemas e luas e amores foram vistos e vividos em cada canto, cada página.
Os passos de quem se amou, passou por aqui, estão grudados nas calçadas, juntando com outros milhões de passos. As passagens seguem. . .
E mesmo cego se vê.
Sentindo o braile nas calçadas, sentindo o sol no rosto, e o calor dessa segunda-feira.
Não é toda noite que a lua vem assim, mansa e singela, eu aqui, você ai.
Guardando cada vontade, saudade, querer está junto, para amanhã e depois, e até quando existir amor.
Até quando o sol avise, ou a calçada, ou o protesto. Qualquer sinal que mostre que mesmo cego se vê, e mesmo calado, cansado, longe ou invisível, se ama.

terça-feira, 8 de março de 2011

Um vazio sem gosto no fim do mundo.

Vagueava com a vista no horizonte trêmulo, sem cor alguma, cambaleava os passos na esquina de pedra cinza, e assim percebi que o céu também se acinzentava depressa. Caía as lágrimas fortes até o chão duro, e como uma pedra chegava a fazer barulho. Não havia gosto, nem cheiro, nem sentido. Até que quis, mas não tinha forças nem tempo suficiente pra pensar em ir pra algum lugar, direção exata nenhuma adiantaria, lugar nenhum no planeta frágil reconstituiria um coração despedaçado. A outra nuvem gritava um trovão ríspido.


O mundo inteiro em mim alarmou o desastre que se fez naquele fim de tarde, mas confesso que percebi, mesmo com a vista embaçada, que parece que nenhum ser vivo do planeta sentia igual a mim, até parece que o mundo não tinha mudado. Eu juro por Deus que as árvores estavam com a mesma tonalidade de sempre, mesmo que nada mais no mundo fizesse o mesmo sentido de antes. Era duro afirmar, mas nenhuma casa havia saído do lugar, os pássaros ainda voavam por todas as direções, mas eu juro que vomitaria o mundo inteiro, mesmo ainda imenso, eu digo isso, porque meu estomago embrulhava feito dor de parto. E, pra concluir, eu resumia o mundo inteiro naquela hora covarde em que você partiu normalmente, mas nenhum dos meus sentidos nunca entenderia. Eu nunca vou esquecer que as cinco e trinta e três da tarde você me deu as costas, nem sequer deu uma explicação convincente, não disse que meu amor era besta, não disse que era por causa do meu corpo, ou rosto, voz, olhar, soluço, mas eu tentava buscar algum sentido lógico de tudo isso, eu não mentiria pra mim mesma, nem pra ninguém. Mas, naquela tarde, um oco em mim se fez, e foi tudo isso que me tornou inodora, incolor e insípida.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cheguei ao colégio, sempre em cima da hora, derrubando o caderno no chão, recuperando as folhas de papel atiradas por todos os lados, ergui a cabeça e continuei andando, falei um “oi” apressado pro zelador, entrei na sala, sentei na cadeira e continuei com a bolsa carteira em volta de mim (engraçado que todos perguntavam o porquê disso, eu não largava minha bolsa pra encostar-me na cadeira por nada no mundo). Abri o caderno e dei de cara com duas letras garrafais rabiscadas dentro de um coração, eu nem recordava quando tinha desenhado aquilo. Ver a letra “D” do seu nome do lado do meu me fez voltar no último dia que dei de cara com você no corredor, não que fosse fácil te esquecer, ou ter que fazer esforço pra lembrar. Lembro que arrisquei um “oi” encabulado, era incrível como você não precisava dizer nada, seus olhos diziam tanto, era estranho, nunca conheci olhos mais vivos em nenhuma outra parte do mundo. Não que eu tivesse ido longe, só algumas cidades na mesma região que a minha. Bem, voltando aos seus olhos, não havia nada que eu pudesse lembrar, ou ver, senão aquele pedaço de mundo redondo e brilhante. A vida parecia isso, minha vida girava em torno das suas pupilas, pálpebras, Íris, ou qualquer coisa que tivesse ligação com seus olhos castanhos. Trocar um “oi” com você, te ver no intervalo, esperar a aula acabar, esbarrar com você na hora da saída, esperar pela manhã seguinte, e te ver de novo, meus dias se resumiam a isso, te ver, pensar em te ver, sonhar em ficar com você, e qualquer coisa que tivesse ligação entre nós, que fosse mais que a primeira letra do meu nome do lado da sua num papel antigo que eu mesma escrevi. Até que voltei ao planeta terra com o berro do professor de matemática (era típico da minha parte andar sonhando com você e ser surpreendida por alguém). Nessa manhã eu preferia não ter ido pra escola, preferia passar o resto da vida abraçando o travesseiro, preferia ter acordado com dor na barriga, ter sido internada num hospital, preferia ter perdido o ônibus, caído na lama, rasgado o tênis, qualquer coisa no mundo que não fosse correr as 09h30min da manhã pra dar de cara com seu rosto perfeito, e ser surpreendida tendo que desmontar todas as histórias lindas e perfeitas que imaginei sobre nos dois, e que se estraçalharam entre sua mão segurando a dela, e o beijo que ela te deu. E as partes vivas que restaram de mim se resumiram apenas as minhas anotações manchadas no caderno com as lágrimas que agora, era a única coisa que selava o “eu e você”.


ESSE TEXTO É MERAMENTE FICTÍCIO!!!! ;)

domingo, 6 de fevereiro de 2011


Pra mim, ou é "tudo" ou "nada", já tive muitos meios que não me valeram de naada ..!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

sobre o candelabro

O dia parava atordoado sobre a terra de chão firme. Muitas montanhas escaladas, muitos sonos sufocado e já se chegava a outra manhã, não menos apressada. Nem sequer recolhia os pedaços sobrados do dia anterior, tava tudo ali, acumulado, pedaços e pedaços de desculpas não dadas, de frases pela metade, ou de frases que foram soletradas alem do que era pra se dizer. Rotina, trabalho, relacionamento, amigos, comida, bebida, mas o que mais me pesava era as mãos de Deus, leves de cima pra baixo, leves d’ele pra mim, mas para mim, na minha vida, palmas, socos e adeus. O que eu queria de fato, era me agarrar no abraço, que nunca, em nenhum segundo sequer, me afrouxasse de Deus.



Ouvia as pisadas. Alarme falso, Deus não chegava nunca! Chegava a suar de tanta suplica! Gritava por todos os lados, cada hora em uma parte diferente da casa. No quarto, na sala, desesperada procurando lugar. Corria por todos os cantos, subia no telhado, o chão estava abrindo. E me via caindo a metros e metros abaixo. Gritava, gritava. E nada de Deus aparecer. Será que não ouvia? Ou será se minha vida, sufocada de palavras, não me permitia escuta-lo?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O amor maior do mundo

O amor maior do mundo acabou
Mudou de endereço e estado
O amor maior do mundo se mostrou ódio
Se mostrou pouco, muita embalagem para pouco presente
Se transformou em dor, a melhor rima. . .
Perdeu a cor, o tom, o sorriso largo.
O amor maior do mundo era pouco,
Roto e vagabundo
Era mãos dadas, agora é chão aberto
Fim do mundo
Sem chão, só não, e é surdo
Não quer ouvir, não quer saber, é memória fraca
Pra um.
Pro outro,
Saudade amarga, pensamento fixo, lágrima azeda
É porto inseguro
Porta trancada
Viagem sem rumo
O amor maior do mundo mudou
Abraçou a si
Dor grande, buraco fundo
O amor maior do mundo é outro
Diferente, endereço igual
A mesma letra, o mesmo tom de pele, o mesmo sorriso torto
Até de nome mudou,
O amor maior do mundo, agora é único, é “amor-próprio”.







p.s: caaaalma, é só uma poesia, não passei por isso! rsrs

terça-feira, 19 de outubro de 2010

o filme Comer Rezar Amar

hoje assisti o Filme 'Comer rezar amar' depois de mta luta fui ao cinema: UMA MERDA!!
PÉSSIMO FILME! todo mundo fala que livro é melhor que filme mesmo, mas meu Jah, o que era aquilo?! p-e-s-s-i-m-o. não recomendo, quem não leu o livro mais ainda, pq vai ficar com uma pessima impressão dos dois! :P e o livro é perfeito.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

do livro Comer, Rezar, Amar


Eu ainda não assisti o Filme. Oo mas o livro é perfeito, li no mês de março. ; )

Motivos para ler, comer, rezar e amar.

No mês de março ganhei de presente um livro do qual já ouvi vários elogios. Você com certeza já deve ter ouvido falar, e sei que muitas pessoas fogem das prateleiras de livros conhecidos, e eu acho que sou uma delas, que nem se quer leu o Código da Vinci. Mas desde uma das primeiras páginas ‘Comer Rezar Amar’ me chamou atenção por um motivo bem pessoal.

Logo na página 10 do livro (que na verdade é a segunda) a autora falava sobre sua experiência de sorte e azar com números, especialmente fala sobre o número 3 que como ela mesmo lembra, representa religiosamente o equilíbrio supremo, e explica que na cultura oriental assim como o ‘japa mala’ (que aqui no ocidente se tornou o famoso terço) estruturou seu livro em 108 relatos( número de contas que há nesse instrumento de oração, um perfeito múltiplo de 3). dividido em 36 historias cada parte e em 3 países do qual visitou.
No momento que li isso meu coração deu um salto de êxtase e calma. Para quem me conhece não é de se espantar que isso logo me chamou atenção. Mas tive um outro forte motivo, já que especialmente esse mês estava espantada e impressionada com números. Bom e como incrível coincidência ganhei esse livro de aniversario (nasci no dia 3 do mês 3, e esse ano de 2010 cuja soma é 3, completo 21 anos cuja soma também é 3).

Deixando os números (um pouco) de lado quero lhe dar 3 básicos motivos para ler ‘Comer rezar amar’.
Primeiro: Achei bem relevante a forma como a Liz Gilbert escreve. Dou um 10 para quem escreve com transparência, sem mascaras, e outro 10 para escritores detalhistas. Segundo: ela nos faz refletir bem sobre nossas escolhas, e esta me ajudando também na infinita busca por mim mesma. Em uma parte do livro ela descreve numa conversa com um amigo que cada país e pessoa deve ser descrito por uma palavra, exemplifica que Roma descreveria-se (sexo), Nápoles do sul da Itália, (briga). Então passei um bom tempo tentando encontrar que palavra me definiria e lembrei de duas palavras que quis tatuar no braço: equilíbrio e liberdade. Tenho por essas 2 palavras uma grande Busca. (Tente você encontrar que palavra lhe definiria, uma forma bem simples de entrar em contato com sua verdade, com ou sem mistificações ou exagero)
E o terceiro motivo seria porque comer, rezar e amar são 3 coisas essenciais na nossa vida.
Comer, por ser vital para o nosso corpo. Lis descreve no livro sua buscar por prazer através do paladar na sua viagem para Itália.
Rezar deve ser um exercício diário pelo encontro de sua paz interior, tal qual na sua relação com o divino, até mesmo para os ateus que sem duvida também tem fé no futuro e na vida, e também buscam alguma coisa. E através disso ‘honrar a divindade que existe em si.’
Amar porque deve ser uma busca e um encontro, e como diz uma frase que li e muito estimo ‘Amor é nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa.
E porque ler deve ser um exercício diário para comunicar-se com o mundo externo (ou interno), um exercício que pode te levar a conhecer pessoas, mundos, dores, opiniões, fatos, países, tendo apenas palavras em mãos.
Enfim, e como Lis me fez pensar: que nada disso seja em vão.
 
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