segunda-feira, 10 de agosto de 2009

não . . .

Não quero me unir a tua solidão
Desejo vão de se perder
Não quero enaltecer no preto, vazio.
Mas tu dizes que há beleza na nostalgia
-mero engano, todos sabem!
Dizes que no preto há tudo:
Coloridos se misturam, cores se unem, se embebedam de tantos tons.
Até que se descobrem escuros, sozinhos, fortes.
A solidão entende, já se concluiu!
-‘não vale a pena!’ ou ‘é sempre que se descobre assim no fim, só em si.'
Dizes que é preciso se acostumar. . .
Com o silêncio externo, o grito interno, a multidão aparente, o só em si.
Dizes que são falsos, sempre a fim de um interesse oculto, e depois, o fim.
Não! Não quero me unir a tua solidão.
Assim descobriria que minha presença é falta, é falha.
Não quero a tua solidão.
Destruiria o teu silêncio, a tua cor talvez, o teu vazio. . .
De tanto branco se clarearia pro cinza.
Destruiria a tua falta, a tua arma.
Não quero a tua solidão, ela é tua, tua escolha. . . um receio, e não me caberia, tu não me aceitaria, já não seria solidão
Então. . .
Se vão. . .
Em vão. .


só-lhe-dão
.
.
 
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